União Europeia estabelece novas normas contra emissão de gases poluentes
Regras, que precisam ser aprovadas pelo Parlamento, limitam quanto gás tóxico as fábricas podem emitir
Governos da União Europeia concordaram nesta quinta-feira, 25, em estabelecer novas normas para a indústria pesada e de energia, para limitar quanta fuligem e gás tóxico elas poderão emitir em 2016.
As novas regras, que ainda precisam ser aprovadas pelo Parlamento Europeu, reduzem a quantidade de dióxido de enxofre e óxido de nitrogênio emitidos por 50.000 fábricas por toda a União Europeia, particularmente no Leste Europeu, onde muitas fábricas terão que ser reformadas e atualizadas para poluírem menos. Matéria das Agências AP, Reuters e Efe.
As regras não trariam novos padrões para as fábricas alemãs, que já trabalham sob os pré-requisitos mínimos da UE.
O ministro do Meio Ambiente alemão, Michael Mueller, disse que a Alemanha, a França, a Áustria e a Irlanda esperavam leis mais restritivas, e que a nova lei levaria algumas fábricas criadas até 2020 a se conformarem.
Legisladores da União Europeia devem tentar entrar em acordo até o final desse ano.
A Comissão Executiva da UE afirma que as normas reduziriam doenças ligadas à poluição do ar, economizando US$ 9,75 bilhões em gastos com o sistema de saúde prevenindo cerca de 13.000 mortes prematuras por ano.
Ambientalistas não conseguiram que o Parlamento Europeu expandisse a lei para cobrir o dióxido de carbono como um poluente industrial. A WWF afirmou que isso pararia qualquer termoelétrica que não usasse a tecnologia de captura de carbono para remover o gás.
A Captura e Armazenamento de Carbono (CCS, na sigla em inglês), um processo de enterrar gases prejudiciais, é tido por alguns como uma arma potencial para frear as emissões de gases causadores do efeito estufa que ameaçam aquecer a atmosfera a níveis perigosos. Esse sistema poderia reduzir em 10% a emissão de CO2 global até 2030, afirmou a Comissão Europeia.
China
A Comissão Europeia vai financiar a construção da primeira termoelétrica com tecnologia de captura de carbono na China, anunciou o órgão executivo do bloco.
A União Europeia começará um processo de consulta financeira e de tecnologia que deverá ser entregue à China e depois à Índia. Isto pode ser decisivo para garantir o comprometimento de ambos os países com um novo acordo global sobre a mudança climática que será discutido em Copenhague em dezembro.
O Executivo investirá 50 milhões de euros para a construção e funcionamento da usina termoelétrica, dinheiro vindo de um fundo de 60 milhões provenientes de um fundo de desenvolvimento já existente da UE, mas também pode receber outros recursos de indústrias e contribuintes.
“A Comissão pretende levantar recursos e desenvolver um meio de financiamento para auxiliar o projeto China-UE de Emissões de Carbono Próximas a Zero (NZEC, na sigla em inglês), e depois realizar um projeto de demonstração da CCS em economias emergentes e países desenvolvidos dependentes de combustíveis fósseis”, informou.
* Matéria das Agências AP, Reuters e Efe, no Estadao.com.br
[EcoDebate, 27/06/2009]
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