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Cidades são parte da solução para enfrentar aquecimento global

A redução das emissões de gases de efeito estufa deve incluir ações específicas para as cidades, com valorização de iniciativas locais. A avaliação é de pesquisadores, representantes da sociedade civil e de governos que defenderam ontem (18) mais integração de governos locais nas negociações internacionais sobre mudanças climáticas.

Além do contingente populacional que abrigam – a Organização das Nações Unidas (ONU) constatou que a maioria da população mundial já vive em áreas urbanas – as cidades concentram o consumo de energia, o uso de combustíveis fósseis para transporte e avançam sobre áreas de biodiversidade preservada, consideradas sumidouros naturais de carbono.

“Cerca de 75% das emissões globais se originam nas cidades ou para as cidades. Elas certamente também são parte da solução; são os locais onde as soluções têm que ser buscadas”, afirmou o climatologista Carlos Nobre, do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) em apresentação durante o Encontro Nacional Política Pública pelo Clima.

O secretário-geral do Conselho Internacional de Governos Locais pela Sustentabilidade (Iclei), Gino Van Begin, argumentou que os governos locais são a esfera mais próxima dos cidadãos, e por isso fundamentais para a implementação de ações práticas em mudanças climáticas.

No Brasil, o potencial das grandes cidades para redução das emissões de gases de efeito estufa ainda é subutilizado, de acordo com a pesquisadora da Coordenação dos Programas de Pós-Graduação em Engenharia da Universidade Federal do Rio de Janeiro (Coppe/UFRJ), Carolina Dubeux.

“Há pelo menos dois setores com grande potencial de benefícios econômicos se houver mecanismos de eficiência: os aterros sanitários e os transportes”, citou. O aproveitamento do metano liberado pelo lixo, por exemplo, além de fornecer energia elétrica pode gerar créditos de carbono, negociáveis no mercado internacional.

Outros exemplos de ações locais contra os impactos das mudanças climáticas são o estímulo a construções sustentáveis e adoção de padrões de consumo que privilegiem produtos com certificação ambiental.

O Iclei pretende incluir as experiências locais na negociação da ONU que deverá definir o substituto para o Protocolo de Quioto, em dezembro, em Copenhague, na Dinamarca.

Segundo Van Begin, apesar de a decisão caber às diplomacias – representando governos nacionais – as negociações terão impactos diretos sobre as cidades. “Até Copenhague, há um processo de negociação para se chegar a um acordo. Os governos locais estão tentando passar mensagens a seus governos nacionais para que discutam a melhor maneira de incluir as cidades nesse acordo”, afirmou.

Van Begin defende mais acesso dos governos locais às fontes de financiamento para adaptação aos impactos das mudanças climáticas. “O ponto central é que na reunião da ONU se reconheça o papel dos governos locais e as experiências já realizadas. É preciso estabelecer mecanismos legais que regulamentem o acesso de governos locais aos recursos”, argumentou.

Matéria de Luana Lourenço, da Agência Brasil, publicada pelo EcoDebate, 19/05/2009.

Nota do EcoDebate: sobre este tema leiam, ainda, a matéria “Pesquisadores do INTC-MC vão mapear riscos do aquecimento global para dez cidades brasileiras

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One thought on “Cidades são parte da solução para enfrentar aquecimento global

  • carlos frederico

    Li os artigos sobre aquecimento global

    particularmente a CAMPANHAS CONTRA AQUECIMENTO GLOBAL

    veja bem, muito se tem discutido sobre aquecimento global mas eu particularmente não vi nenhuma

    proposta de solução efetiva além de reduzir emissão de poluentes

    concordo que devemos reduzir emissão de poluentes de todo tipo de natureza, precisamos também

    desenvolver a industria de reciclagem, mas sobretudo para complementar esse ciclo recuperador

    da qualidade do ar que respiramos e do nosso bom clima, via ai uma sugestão que apreciarei muito

    se me ajudar a divulga-la:

    vou dar a proposta o nome de MURO ECOLOGICO E PAREDE ECOLOGICA

    trata-se do seguinte: um dos maiores causadores dos problemas climaticos além da poluição

    é o desmatamento natural provocado pelo avanço da construção civil, logo nesse caso tambem podemos

    compensar a produçao de oxigenio implantando nas paredes e muros (nos projetos novos e nos já construidos )

    sistemas de fixação em telas para plantas trepadeiras, fixaçao de vasos, etc, incentivo tambem de

    colocação de vasos e xaxins com plantas em todos os espaços vagos possiveis das residencias, predios privados

    e publicos, escolas, hospitais, estacionamentos, tambem replantar arvores e arbustos nos passeios da praças

    rua e travessas, tenho certeza absoluta que isso dará um resultado rapido na qualidade do clima e do ar que respiramos.

    cada familia, cada empresario, cada orgão púplico tomando essa medida tenho certeza que essa ação em conjunto com

    com tantas outras anti-poluentes resultará em recuperação e estabilização do bom clima global.

    A solução é uma questão de novos hábitos ecológicos a serem adotados pela sociedade

    Ou seja as soluções técnicas precisão estar aliadas as soluções ecológicas e naturais.

    Cordialmente

    fred

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