EUA: Incentivos à produção de biocombustíveis receberão mais de US$ 400 bilhões em subsídios federais
[Por Henrique Cortez, do EcoDebate] Um novo relatório da ONG Amigos da Terra (Friends of the Earth) documenta como a indústria dos biocombustíveis dos EUA é subsidiada com o dinheiro dos contribuintes, em detrimento aos investimentos em meio ambiente.
Amigos da Terra divulgou o relatório “A Boon to Bad Biofuels” que examina em que medida a indústria dos biocombustíveis é subsidiada pelo governos federal, diretamente ou por crédito fiscal federal. O relatório constata que, entre 2008 e 2022, os biocombustíveis vão receber mais de US $ 400 bilhões em subsídios.
O relatório mostra também que, em vez de promover a produção de biocombustíveis menos nocivos, muitos destes subsídios são direcionados ao mais nocivo e criticado biocombustível: o etanol de milho.
“O tamanho desses subsídios é extraordinário, sobretudo dado à pequena consideração dos impactos ambientais produzidos pelos seus destinatários. Os subsídios estão acelerando os danos ambientais”, diz Doug Koplow, do Earth Track, que escreveu o relatório. “Há muito mais maneiras de gastar esse dinheiro.”
“O descobrimos que não só a indústria dos biocombustíveis está prejudicando o meio ambiente, mas que o governo está pagando a fazê-lo”, diz Kate McMahon, do Friends of the Earth. “Presidente Obama divulgou uma proposta orçamentária US$ 3,5 trilhões. Se ele está procurando um local para fazer alguns cortes, estes subsídios à indústria dos biocombustíveis seria um ótimo lugar para começar.”
Para acessar o relatório “A Boon to Bad Biofuels”, no formato PDF, clique aqui.
Uma página de resumo do relatório pode ser encontrada em:
http://www.foe.org/sites/default/files/VEETC% 201% 20pager% 20final.pdf.
Mais informações sobre o trabalho da ONG Amigos da Terra (Friends of the Earth) para reverter os subsídios ambientalmente nocivos para os biocombustíveis podem ser encontradas em http://www.foe.org/biofuelssubsidies.
[EcoDebate, 14/05/2009]
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