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Ibama multa Alunorte por vazamento de rejeitos em córrego de Barcarena

vazamento de rejeitos em córrego de Barcarena 1

Na última terça-feira, dia 28, a fiscalização do Ibama autuou a Alunorte pelo vazamento na bacia de rejeitos da empresa, no município de Barcarena, localizada na região metropolitana de Belém. A multa lavrada foi de R$ 5 milhões pelo vazamento que atingiu os córregos da região, mais R$ 50 mil por dia até que a empresa solucione o problema.

De acordo com o Superintendente do Ibama no Pará, Aníbal Picanço, a Alunorte ainda terá que pagar multa de R$ 100 mil por ter dificultado a ação de fiscalização, que foi iniciada no último dia 27, segunda-feira, quando o órgão recebeu a denúncia de que haveria o vazamento. “Ao chegar na portaria da empresa, os funcionários impediram a entrada dos fiscais durante 45 minutos, tempo suficiente para que o dia escurecesse e a vistoria no local fosse impossibilitada. Questionados sobre o problema, os diretores da empresa negaram qualquer tipo de vazamento”, afirma Picanço.

Na manhã do dia seguinte, 28, com o retorno da fiscalização à área, os diretores continuaram a negar qualquer problema de transbordo de alguma bacia, o que tornaria, segundo eles, desnecessária a vistoria no local. Porém, mesmo com a dificuldade imposta pela Alunorte, a equipe do Ibama percorreu toda a área de bacias da empresa, e constatou o vazamento na bacia de rejeitos que transborda para a floresta ao redor e, consequentemente, às nascentes da região.

vazamento de rejeitos em córrego de Barcarena 2

Preliminarmente, verifica-se que o problema do vazamento se deve ao alteamento insuficiente da bacia de rejeitos para que pudesse suportar a produção da empresa e a pluviosidade da região. E com esse acidente ambiental, os moradores estão sendo afetados. “A comunidade local mostrou à nossa equipe os problemas de pele que a água atingida pelos rejeitos está causando às suas crianças, que brincam na área ou a utilizam para o banho, além disso, alguns peixes foram encontrados mortos nos rios”, conta Picanço.

Depois da constatação do crime ambiental, o Ibama solicitou a visita técnica do Centro de Perícias Científicas Renato Chaves, para verificar o grau de contaminação da água atingida pelos rejeitos da bacia, que é conhecido como “lama vermelha”. Essa lama é oriunda do beneficiamento da bauxita, processo em que há separação do alumínio dos outros componentes. O principal insumo utilizado nesse processo é a soda cáustica, cuja principal característica é a alcalinidade, que faz com que a lama seja corrosiva e tóxica. O Instituto Evandro Chagas também ajuda nos trabalhos. Após o diagnóstico dos danos, o Ibama poderá lavrar novos autos de infração contra a Alunorte. Os autos de infração aplicados ainda não foram julgados e a empresa tem 20 dias a partir do seu recebimento para apresentar defesa ao Ibama.

Luciana Almeida, Ascom/Ibama

[EcoDebate, 02/05/2009]

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3 thoughts on “Ibama multa Alunorte por vazamento de rejeitos em córrego de Barcarena

  • Uma chuva de fortes proporções foi o que causou o transbordo do canal de drenagem de água da chuva da Alunorte. A explicação foi dada pelo presidente da empresa, Ricardo Carvalho, que concedeu entrevista coletiva para a imprensa às 14h30 da quinta-feira (30), em Belém (PA).

    Ele informou que a refinaria de alumina já está dialogando com as comunidades do rio Murucupi. Enquanto ocorria a entrevista, líderes comunitários da área participavam, em Barcarena, de uma reunião na Alunorte. “Neste momento, estamos conversando com eles para ouvi-los”, destacou Carvalho.

    Como o canal de drenagem contém resíduos de bauxita, o transbordo levou o material para o Rio Murucupi, em Barcarena. O sistema é planejado, do ponto de vista da engenharia, para suportar picos históricos de chuva. Mas as chuvas de segunda-feira foram acima de valores até então conhecidos, ocorrendo assim o transbordamento. “O volume registrado foi de 105 mm em cerca de uma hora e meia. Ou seja, nesse pequeno intervalo, choveu mais do que se espera em 10 dias nesta época do ano”, comparou o presidente.

    Assim que ocorreu o transbordamento, a Alunorte iniciou o monitoramento interno e contratou empresas especializadas para avaliação das águas do rio Murucupi e constatou que o pH está dentro dos padrões aceitáveis do ponto de vista ambiental. “Os níveis encontrados não seriam suficientes para ocorrer a mortandade de peixes”, explicou o presidente da Alunorte.

    A empresa também adotou medidas de curto prazo para que o transbordamento não volte a ocorrer: aumentou o talude da área de resíduo de bauxita em cerca de um metro e também elevou a altura, em alguns pontos, do canal de coleta de água da chuva, para aumentar a capacidade de escoamento. Ricardo Carvalho reiterou que no processo da Alunorte não existe arsênio e explicou que a soda cáustica de fato existe no processo da refinaria de alumina, mas o resíduo existente no canal é em quantidade pequena. “O resíduo de bauxita é classificado como não perigoso, mas tem um teor baixo de soda cáustica contido, que vem do processo de produção”, finalizou.

    A Alunorte reitera que não houve rompimento do sistema de escoamento de águas pluviais e nem de barragem em sua unidade, em Barcarena.

    Gerência de Divisão de Comunicação Empresarial da Alunorte

    Contatos Assessoria de Imprensa
    Rosana Maciel (Temple Comunicação) – 3205-6515/ 9638-1816
    Elen Néris (Temple Comunicação) – 3205-6515/ 8136-0707
    Renata Freitas (Alunorte) – 8871-7344

  • Essa desculpa, é a mesma de sempre da alunorte, e não foi só os ribeirinhos do murucupi e sim todos os moradores da região sofrem com essas poluiçoes da alunorte como fuligem soda caustica no rio pará. nos moradores estaremos fazendo um grande mansfesto contra estas empresas que não tem compromisso com o meio ambiente da regiao.etc..,

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