MPF denuncia 69 traficantes de animais da Operação Oxóssi
Acusados exploravam fauna silvestre retirada de Paraty e outros Estados
O Ministério Público Federal no Rio de Janeiro (MPF/RJ) denunciou à Justiça 69 integrantes de uma quadrilha que traficava animais de Paraty e outros Estados e vendia-os na Feira de Duque de Caxias e no exterior. Os procuradores da República Renato Machado e Maurício Manso ofereceram três denúncias: duas referentes ao tráfico interno (50 deles entre negociantes da Feira de Caxias, caçadores de Paraty, traficantes do Pará e de São Paulo e 12 de traficantes da Bahia e fornecedores de São Paulo e Minas Gerais) e outra relativa ao tráfico internacional.
Os denunciados pelo MPF foram presos na Operação Oxóssi, deflagrada junto com a Polícia Federal no último dia 11, ou tinham sido investigados mas não foram presos preventivamente. Eles são acusados de crimes como formação de quadrilha, receptação, caça a fauna silvestre, abuso e maus-tratos a animais silvestres (arts. 29 e 32 da lei 9.605/98).
Na denúncia maior, os acusados estão divididos em dez grupos que tiram da natureza milhares de espécies animais a cada semana: quatro caçadores da Várzea de Corumbê; cinco caçadores da Graúna (localidades em Paraty, perto do Parque da Bocaina); os traficantes liderados por Rogério Werlique de Souza (três) por Marcelo Augusto Pinheiro (quatro), por Ismar Costa dos Santos (quatro), por Maicon Lucas de Almeida (três), por Moacir Roberto Rezende (três); traficantes da Feira de Caxias centrados em Kitinho e na família de Dona Ana (16); os fornecedores de animais silvestres do Pará (cinco); e o grupo de Naldo e Du (três).
A segunda denúncia identifica os crimes cometidos por 12 fornecedores de animais silvestres para as grandes feiras livres do Sudeste, especialmente no Rio de Janeiro (Caxias, Areia Branca, Honório Gurgel, Neves e Alcântara). Na denúncia por tráfico internacional, dois tchecos e cinco brasileiros foram acusados por contrabando, receptação e formação de quadrilha. O MPF agora espera as denúncias serem recebidas pela Justiça para que os três processos penais comecem.
Segundo os procuradores, os criminosos foragidos e os ainda não identificados ou localizados serão denunciados oportunamente. Já os motoristas dos ônibus usados pela organização criminosa responderão em liberdade. No último dia 23, o tcheco que estava foragido, Ludek Hovorka, foi preso pela Interpol em Bali e o MPF pedirá sua extradição.
* Informação do MPF/RJ
[EcoDebate, 27/03/2009]
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