A administração Obama revisa os últimos atos antiambientais da era Bush

[Por Henrique Cortez, do EcoDebate] Nos últimos dias da era Bush o governo se esforçou em aprovar diversas medidas com grandes impactos ambientais, como sempre, na defesa dos grandes interesses corporativos. A nova administração, decididamente, suspendeu estas medidas e as colocou sob revisão.

Na terça-feira, o secretário do interior, Ken Salazar, anunciou que uma proposta do governo Bush, que ampliaria as áreas de exploração de gás e petróleo ao longo do litoral, permaneceria em discussão pública por mais 120 dias (Washington Post). Pelas reações à proposta, é provável que ao final das audiências públicas ela seja abandonada” disse Salazar, citado no San Francisco Chronicle, afirmando que “Na minha opinião, foi uma proposição precipitada da pior espécie”.

Dentre as políticas ambientais sob revisão destacam-se:

O departamento do interior revogou os recém-concedidos arrendamentos para explorações de petróleo e gás em terras públicas, no estado de Utah.

A Agência de Proteção Ambiental (EPA) irá reconsiderar a sua decisão de negar ao estado da Califórnia que tivesse suas proprias leis que permitiriam o estado regular as suas emissões de gases de estufa

A EPA também irá adiar o início de vigência de uma nova norma que teria abrandado a regulamentação de poluição, em relação às novas fontes de poluição industrial. A agência já informou que realizará estudos mais aprofundados sobre o tema.

E o departamento de justiça revogou uma decisão que teria criado um regime de ‘cap-and-trade’ para emissão de mercúrio, em usinas termelétricas a carvão, o que sugere que a nova administração vai regulamentar diretamente as emissões de mercúrio.

Não se pode negar que o (des)governo Bush era realmente dedicado à cau$a que defendia.

[EcoDebate, 13/02/2009]

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